18 de agosto de 2010

Almeida Júnior + Pinacoteca + TDA

Eu prometi a mim mesma que iria postar uma vez por semana, mas tá difícil. A minha ansiedade tá no seu ápice, e minha cabeça um verdadeiro inferno astral.

Eu não tô suportando nem ouvir a voz das pessoas, dá vontade de sair socando todo mundo. É praticamente uma TPM constante...

Hoje estou mais tranquila... tanto que consegui começar (pela milésima vez) a dieta. Esse impulso inicial eu tô tentando ter há meses. Mais tarde vou ver o preço do anseolítico que a endócrino receitou, e no mês que vem tem psiquatra prá ver esse lance de TDA + compulsão alimentar. Provavelmente vou entrar na sibutramina de novo, vamos ver...

Tive que tomar uma decisão drástica prá não me ferrar na facul lá pro fim do semestre. Nesta semana não vou prá aula. Vou prá casa ler os textos que já estão atrasados. É o único jeito de voltar à vibe dos estudos... eu me conheço. E sei que prá me domar, só com pulso firme. E depois de 15 dias enrolando, tomei a decisão.

Bem, entrando logo no assunto do Almeida Júnior... Eu tava lembrando ontem dos saudosos tempos do colégio, onde minha irmã e eu nos divertíamos aos fins-de-semana em museus e teatros. O museu que eu mais gostava era a Pinacoteca. Talvez por ser o primeiro que conheci de fato. E de ser fácil de chegar, rsrs.


Pinacoteca - visão do Parque da Luz.


Tem também uma história muito louca com esse lugar. Na adolescência, eu gostava de desenhar, e sempre gostei muito da pintura realista. Até hoje eu ainda acho a vertente mais legal. Até porque foi o realismo que originou as técnicas de pintura ocidental.

Bom, eu lembro que uma vez, na Praia Grande, tinha um calendário com pinturas lá no apartamento da minha tia, com telas brasileiras. E não sei em qual mês tinha uma tela do Almeida Júnior, chamada Saudade.



Saudade, 1899.

Eu lembro que achei o quadro incrível. Tem uma lágrima que escorre do rosto da moça que parece de verdade... A iluminação do ambiente é tão perfeita, que dá de mil em qualquer filme 3D. É como se estivéssemos sentados em um banquinho dentro deste casebre, olhando prá ela, participando do momento triste. Nas mãos, ela segura um passaporte, o que nos deixa pensando qual o enredo de sua história. Qual trama a fez separar-se de alguém que ama...

Enfim, eu me apaixonei pelo Almeida Júnior. E foi na Pinacoteca que eu pude ver de perto (e tantas vezes) essa tela. E em todas as vezes me emocionava. A tela é imensa, deve ter uns 1,80 de altura. Demais!

O mais legal do Almeida Júnior é que, ao contrário do "mainstream" do realismo adacemicista, que retratava exclusivamente as elites, ele inovou ao retratar cenas do cotidiano do caipira brasileiro. Lembrando que ele mesmo nasceu no interior de São Paulo, na cidade de Itu.

Caipira Picando Fumo, 1893.

O Violeiro, 1899.
Auro-retrato, 1878.

É impressionante... parece foto mesmo. Numa boa, eu entendo que o pós-modernismo, por exemplo, tem uma proposta imensa por trás das telas... mas eu fico olhando uns "rabiscos" pós-modernistas e fico pensando: "será que alguém, hoje em dia, ainda é capaz de pintar como os caras do realismo?"

Para mais informações, acesse:



5 comentários:

  1. Olá!
    Conhecia aquele quadro do caipira cortando fumo, mas aquele da "Saudade" é maravilhosooo! Amei.
    Eu ás vezes me sinto suficada com tantas idéias, e sem energiaspra realizar qualquer uma delas, sinto-me exausta...Quanto aos textos da facul, nem falo, é tudo em cima da hora! Alguém me ajude a me organizar!!!!!!!!!!
    Gostei.
    Beijos.

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  2. Eu lembro que eu transportava um passageiro pela Av. Tiradentes, quando chegamos próximo ao parque da Luz o passageiro me perguntou:

    - O que é esse prédio bonito?

    Fui logo respondendo com orgulho:

    - Ha...esse prédio é a PINACOTECA DE SÃO PAULO

    Ai ele me perguntou:

    - E o que tem lá dentro?

    Ai eu PENSEI....PENSEI....PENSEI....PENSEI....PENSEI.....e respondi:

    - Será que vai chover hoje?

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  3. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!! Gizmoooo!!!! Então, eu me lembro de fazer uma prova e vários trabalhos sobre o Almeida Júnior, no CEPAV. A gente teve que ir a pedidos da prof. Maria Helena ou Cibelle, agora não me lembro para qual das duas... Mas lembro de ter me deliciado nas telas, até então eu nunca tinha ido à Pinacoteca, acredita? BEijos@!

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  4. Oi, Lú! Obrigada pela visita.

    Sei como é, sinto a mesma coisa! Maior sufoco!

    Me aguarde que qualquer hora apareço em seu blog prá tomarmos um café alienígena... rs.

    Abraço.

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  5. KKKKKKKK!

    Tinha que ser o tio Allan mesmo... comédia, viu.

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E viva a democracia!

VIVAAAA!