13 de abril de 2011

Prólogo



Eu tenho um blog prá escrever. Por mais estranho que isso pareça, eu tenho um blog prá escrever. Não porque eu goste de escrever. Não porque eu me sinta obrigada a escrever. Simplesmente porque eu preciso escrever.

Eu preciso expelir essa ânsia, essa tontura, essa vertigem. Eu preciso escrever. Escrever é meu Dramim. Faz parte da minha rotina ver uma coisa qualquer pelo chão e conceber de imediato um texto inteiro na minha cabeça, com começo, meio e fim. Com argumento e contra-argumento. Com clichês e metáforas de efeito. Não necessariamente bom, como qualquer coisa que eu escrevo. Mas necessariamente passional, como qualquer coisa que eu escrevo.

Me machucou muito esse jejum bloguístico. Me ulcerou por dentro. E por isso eu volto aqui, na primeira oportunidade prá escrever a primeira coisa que vêm à cabeça. Escrever, escrever, escrever...

Sem julgamentos às finalidades com as quais muitos blogam por aí. Já fiz isso antes, eu sei. Mas queria que todos os blogueiros do mundo pudessem sentir este prazer que eu sinto agora, digitando, blogando, escrevendo, pensando, matutando, remoendo, exprimindo, imprimindo nas letras aquilo que vem não sei de onde.

Blogar é como cantar. É como pintar. É como dançar. É traduzir em um sentido o que se sente em outro sentido. É transformar em uma coisa o que é outra coisa e que se interpreta ainda como outra terceira coisa. Blogar é escrever, e escrever é arte. Por mais xexelenta e barata que seja.

Fim do prólogo.

Agora vamos às notícias da minha imprensa marrom

Muita coisa aconteceu nestes meses. Este ano foi marcado por muitas mudanças abruptas. Ironia do destino, tudo aconteceu na hora certa. Exatamente como eu desejei.

Mudei de emprego. Uma secretária do meu antigo emprego me indicou à uma vaga. Passei. Secretária executiva de diretoria, ao seu dispor.

Tipo assim, pulei alguns degraus de uma vez só. Saí do lodo da cadeia alimentar alçando vôo de borboleta. Sem mastigar ninguém, subi na minha, com este jeitinho herbívoro e inofensivo. Quase imperceptível.

Desafio grande, diário. Meu chefe não chega a ser um diabo vestindo Prada. Mas é extremamente exigente e metódico. Só pode ter TOC, só pode! Fiz cinco entrevistas, e fui alertada em todas elas sobre a personalidade do cabra. Tem certeza que é isso que você quer? Ouvi isso pelo menos cinco vezes...

Incrivelmente eu estou me dando muito bem com ele. E descobri que ele é uma pessoa de um coração enorme. E que faltava uma Aline na vida dessa criaturinha mexicana cheia de manias.

Mudamos de apartamento. Gam e eu passamos por muito sufoco. Ainda estamos. Mudança é terrível, acaba com os nervos da gente. Haja equilíbrio prá agüentar essa tormenta, Deus do céu. Já estamos com os móveis montados, o muquifo tá com cara de casa, mas ainda quero comprar mais uns móveis prá guardar o que ficava empinhocado nos cantos do ex-muquifo. Em maio será o openráuse. Claro que eu vou convidar a geral!

Agora moramos no Sacomã. Saí do centrão, valha-me Deus. Gostava muito de lá, sinto falta de muitas coisas. Da poeira encardida do centrão, do minhocão entumescido, dos seres transviados que margeiam aquilo que chamamos de normal. Da poesia que nunca saiu do primeiro verso: Meu coração é no centro. Um dia eu escrevo isso. Ou não.

Mas também muita coisa de lá me saturava. A ilicitude vai te castigando mentalmente. Chega uma hora que você não agüenta mais conviver com o lado B do ser humano. Promiscuidade, mendicância, drogas (a porra do crack). Tudo isso vai martelando, martelando...

Daí, quando dei por mim, já estava dando graças a Deus quando chegava num bairro mequetrefe e só via “gente normal”. Independente de condição financeira. Gente indo comprar pão na padaria com as moedinhas de troco, gente passeando com cachorro, moleque brincando na rua, e não morando nela.

Minha rotina mudou da água pro vinho. Estou trabalhando muito, não tenho tempo nem de respirar. Acabou a mamata de postar na hora do trabalho. Além disso, agora to longe de tudo. Duas conduções pro trabalho (isso que o Gam me deixa no ponto de ônibus), dois trens e um ônibus prá PUC e, por fim, ônibus-metrô-ônibus prá casa. Somou aí? 8 conduça por dia. Isso mata qualquer Cristão.

Parece que as coisas estão começando a entrar nos eixos. Agora tenho que retomar a vida acadêmica, pôr as finanças em ordem, deixar o apto aprazível e ter meu Gam aqui do meu ladinho, e suspirar de amor. Eu sinto que esse ano vai ser isso mesmo, uma preparação para os próximos dois anos... que serão de planejamneto puro, de poupança, de ponta de lápis. Traduzindo, preparação para o casamento – compra da nossa casa e a festança. Como merecemos, com direito a todas as minhas maluquices.

Falando nisso, andei tendo mais umas idéias malucas. Mas isso fica prum próximo post do outro blog. O blog que uso prá registrar minhas idéias casamentícias – RE-GIS-TRAR. É um diário, não jogação de confete. Sejam bem-vindos prá visitar, sem obrigação de seguir e comentar!

Ai, ai... eu já tava blogsick!!!

Pow, falando nisso... queria fechar o post falando sobre o blog da minha irmã. Dêem uma olhada lá porque fui eu que fiz o layout do blog  tá muito legal o blog, ela escreve prá caramba. Tudo o que você achar de poesia lá, ele que escreve. Uma das poucas pessoas desse mundo que sabem escrever soneto, e daqueles de arrepiar os pelinhos de qualquer cristão.
Inté a próxima. Si Deus quizé.

4 comentários:

  1. Saudade de você, sua linda! Mas feliz pelo vôo de borboleta. Tudo só tende a melhorar pra vocês. BEIJOS!!!

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  2. Saudade, menina! Mudança é sempre bom, dá uma chacoalhada na vida, faz a gente acordar. Pena não posso ir na festa de casa nova(olha eu me convidando), mas desejo muitas felicidades!!!
    Beijos!

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  3. Owwwwwwwwwww!!! Propaganda descarada assim mesmo do Memorial???? Assim num valeeeeeeeee!!!! Onde estão os meus direitos?????????? rs... beijos, adorei o novo "leiaute", mana.

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  4. Delícia de blog, te achei no David. Bjo

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